Mais de 250 crianças indígenas refugiadas da Venezuela estão participando de oficinas de educação intercultural em abrigos de Boa Vista. O projeto tem como objetivo promover o ensino bilíngue e o fortalecimento das línguas originárias Warao e E’ñepa.

As oficinas são uma iniciativa do Unicef com apoio da Funai e execução do Instituto Pirilampos. Elas acontecem nos abrigos Waraotuma a Tuaranoko, Jardim Floresta e na Comunidade Yakera Ine, onde vivem famílias indígenas migrantes.

Além de desenvolver a oralidade e a escrita nas línguas maternas, o projeto oferece aprendizado em português e espanhol, preparando os jovens para a escola regular. As atividades são feitas com base em metodologias interétnicas, com participação de monitores indígenas.

A ação cumpre compromissos firmados pelo Ministério Público Federal (MPF) em uma ação civil pública que cobra o atendimento educacional adequado a crianças indígenas migrantes em Roraima.

Para o coordenador André Ramos, da Funai, o projeto garante respeito à diversidade cultural.

“A iniciativa valoriza a identidade dos povos indígenas e promove autonomia por meio do aprendizado”, afirmou.