Garimpeiros ilegais divulgaram vídeo em que afirmam ter sido atacados por indígenas isolados na Terra Yanomami, em Roraima. Nas imagens, eles exibem flechas e atribuem o suposto ataque ao povo Moxihatëtëa, que vive sem contato com a sociedade e é monitorado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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O episódio teria ocorrido na região da Serra do Querosene, onde os invasores atuavam. Eles se referem aos indígenas com termos pejorativos e alegam ter sido surpreendidos durante atividades de garimpo. Não há confirmação oficial sobre a data em que o vídeo foi gravado.

Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) informou que está acompanhando o caso junto à Casa de Governo e à Funai. A fundação declarou que não há indícios de confronto e que a área mostrada seria a Pista do Hélio, um ponto de garimpo hoje desativado.

Os Moxihatëtëa foram identificados oficialmente em 2023, em operação conjunta que revelou uma comunidade isolada próxima a áreas de mineração ilegal. Desde 2017, o Ministério Público Federal (MPF) alerta para o risco de genocídio em razão do avanço do garimpo ilegal.

Lideranças indígenas locais informaram que aguardam confirmação sobre o episódio.

“Estamos esperando mais informações para saber se houve algum ataque”, afirmou Dário Vitório Kopenawa Yanomami, filho do líder Davi Kopenawa.

Com informações da Folha de S. Paulo