Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), chegou a Roraima neste domingo (14) para tratar da proteção de crianças e adolescentes indígenas e da preservação da Terra Yanomami. A agenda começou em Boa Vista, com recepção oficial, e seguiu para o Polo Base Surucucu, onde sobrevoou áreas afetadas por invasões e crises humanitárias.
Barroso reuniu-se com lideranças indígenas da região de Palimiú para discutir estratégias conjuntas de prevenção de violências.
“O Supremo tem a missão constitucional de proteger essas terras. A desintrusão foi determinada e cumprida, e vim verificar os resultados”, afirmou.
Leonardo Cupello, presidente do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), ressaltou que a visita aproxima o Judiciário da população local. O juiz Marcelo Lima disse que é uma oportunidade para o ministro conhecer a fundo os efeitos do garimpo.
O xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa destacou a importância da visita para que as autoridades conheçam a realidade “com os próprios olhos” e compreendam os danos causados pelo garimpo ilegal.
A presidente da Funai, Joenia Wapichana, afirmou que a visita ajuda no acompanhamento das ações em andamento após a crise humanitária de 2023.
O comandante militar da Amazônia, general Luiz Gonzaga Viana Filho, disse que o ministro pode verificar os avanços na região.
Nesta segunda-feira (15), em Boa Vista, Barroso participará de encontros para discutir políticas sociais voltadas a povos indígenas e se reunirá com magistrados locais.
