A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) defendeu nesta terça-feira (12), em Roraima, que a justiça climática seja o eixo principal da COP30, prevista para ocorrer em novembro, em Belém. A declaração foi feita durante o Ciclo COParente, encontro que reuniu mais de 150 lideranças indígenas da região.
Segundo a presidente da Funai, Joenia Wapichana, os povos indígenas precisam ser reconhecidos como protagonistas no enfrentamento da crise climática.
“A justiça climática é para que suas vozes e ideias estejam nos espaços de decisão”, disse.
A autarquia argumenta que os territórios indígenas são barreiras naturais contra o desmatamento, fundamentais para conter as mudanças climáticas. A proteção dessas áreas garante a preservação de florestas, contribui para o sequestro de carbono e mantém os ecossistemas resilientes.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, criticou o negacionismo climático e cobrou políticas efetivas.
“Se a Amazônia continuar sendo destruída no ritmo em que está, em 2030 não terá mais como se regenerar”, alertou.
A Funai ainda anunciou que irá apoiar a mobilização indígena para a COP30, com estrutura de acampamento e apoio logístico, além de reforçar o compromisso com a demarcação de terras e ações de proteção territorial.