Segundo relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os assassinatos de indígenas no Brasil passaram de 70 casos em 2014 para 211 em 2024, um aumento de 201,43%. Roraima lidera o ranking com 57 homicídios, seguido por Amazonas (45), Mato Grosso do Sul (33) e Bahia (23).
Das vítimas, 159 foram homens e 52 mulheres, e jovens entre 20 e 29 anos foram alvo em 34% dos casos (71 mortes). A violência se estendeu a 424 casos documentados, incluindo tentativas de homicídio (31), racismo (39), abuso de poder (19) e violência sexual (20).
Com a entrada em vigor da Lei do Marco Temporal (Lei 14.701/2023), o relatório registrou 154 conflitos territoriais em 114 terras indígenas, com 78 terras não regularizadas abrigando 101 casos de conflito. O Cimi destaca que a nova lei causou paralisia nos processos de demarcação.
O Ministério dos Povos Indígenas respondeu ao relatório afirmando que é contrário à lei e que, mesmo diante da crise jurídica, homologou 13 territórios em dois anos, além de participar da assinatura de 11 portarias, com o objetivo de pôr fim à violência fundiária.
Com informações da Agência Brasil