O Ministério Público de Roraima (MPRR) apresentou denúncia contra 17 suspeitos do Primeiro Comando da Capital (PCC) por administrarem uma rede de “lojinhas” de drogas que funcionava de forma estruturada em diferentes regiões do estado. A denúncia aponta movimentação de R$ 414 mil em quatro meses e uma hierarquia definida, com divisão de funções e auditorias em vídeo.
A investigação destacou a liderança exercida por Rodrigo Alberto Xavier, o “Sorriso Maroto”, e pela companheira dele, “Kauany”. Uma das lojas administradas pelo grupo, a “Rosinha”, arrecadou R$ 36 mil. Outras unidades citadas foram “Império”, “Cemitério”, “Raimundo” e “Casa da Moeda”. Os gerentes registravam valores, drogas e balanças de precisão em vídeos enviados aos superiores.
As substâncias eram identificadas por códigos como “Claro” (pasta base) e “Oi” (skunk). O MPRR afirma que a célula em Roraima estava conectada ao setor nacional “FM – Progresso”.
Presos em outubro
Os denunciados foram presos durante a Operação Sucursal, coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Roraima (FICCO/RR), em 2 de outubro. O grupo utilizava um sistema semelhante ao de franquias e comercializava crack e drogas sintéticas como K9.
A Sucursal foi um desdobramento da Operação Franchising, de novembro de 2024, que identificou o método de expansão do PCC no estado. No mesmo mês, um suspeito foi flagrado com 14 celulares destinados a novos operadores do tráfico em Roraima.
