A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã deste sábado (22) o ex-presidente Jair Bolsonaro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O rompimento da tornozeleira eletrônica e a possibilidade de fuga motivaram a decisão.
Documento do Centro de Monitoração do Distrito Federal enviado ao STF registrou que a tornozeleira foi violada à 0h08 deste sábado. Para Moraes, o episódio confirmou a intenção de Bolsonaro de fugir, especialmente diante da convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro no condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.
O ministro afirmou que a mobilização poderia ser usada para gerar confusão e comprometer as medidas cautelares. Ele determinou que a PF realizasse a prisão sem algemas e sem exposição midiática. A defesa do ex-presidente pediu a retomada da prisão domiciliar, mas o pedido foi negado.
Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe e outros crimes, mas a prisão preventiva decretada neste sábado não se refere ao cumprimento da pena, já que o processo ainda não transitou em julgado.
A decisão foi tomada um dia após a determinação da prisão preventiva do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), também condenado no caso do golpe. Ele saiu do país sem comunicar às autoridades e está em Miami, conforme a PF. O órgão relatou ao STF que o episódio demonstra risco de comportamento semelhante entre outros condenados.
