Roraima lidera o ranking de exclusão elétrica entre os estados da Amazônia Legal, com 74% dos estabelecimentos extrativistas sem acesso à energia, conforme o Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema).
O levantamento, publicado no estudo Mapeamento da sociobioeconomia: bases para políticas de inclusão energética na Amazônia Legal, também destaca o Amazonas (66%) e o Pará (45%) entre os mais afetados.
Segundo o Iema, mais de 84 mil empreendimentos extrativistas na Amazônia vivem sem eletricidade. Em números absolutos, o Pará lidera, com cerca de 28,5 mil unidades.
Para o pesquisador Fabio Galdino dos Santos, essa exclusão compromete a autonomia econômica das comunidades.
“O acesso inadequado à energia compromete o beneficiamento de produtos, o uso de maquinário e a inclusão produtiva dos povos da floresta”, disse.
O diretor-executivo do Iema, André Luis Ferreira, defendeu que o fornecimento deve ser compatível com a realidade produtiva da região.
“A Amazônia precisa de energia de qualidade e potência. Só levar luz não é suficiente”, afirmou.
O estudo recomenda a expansão do Luz para Todos e investimentos em infraestrutura, logística e inclusão digital para garantir o fortalecimento da sociobioeconomia amazônica.
Com informações da Agência Eixos
