Um homem de 32 anos foi preso no sábado (6) em Rorainópolis por determinação da Justiça de Caracaraí. Ele é investigado por liderar articulações ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) com foco em invasões de propriedades privadas no sul do Estado.
A operação mobilizou a Polícia Civil, o Departamento de Inteligência (Deint) da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e a Polícia Militar, e ocorreu no contexto do feriado da Independência, período em que havia informações sobre possíveis ações coordenadas no campo.
O delegado responsável pelo caso, Bruno Gabriel, afirmou que o suspeito utilizava o discurso da reforma agrária para enganar famílias vulneráveis, prometendo terras e benefícios que não poderia oferecer.
“A bandeira da reforma agrária é legítima, mas tem sido desvirtuada por grupos que agem com objetivos escusos”, disse.
A investigação aponta crimes como estelionato, esbulho possessório, porte ilegal de arma, entre outros. O homem foi conduzido à delegacia, onde prestou depoimento e negou envolvimento com invasões, dizendo apenas atuar na arrecadação de recursos para projetos fundiários.
Em sua versão, afirmou que o MST é um movimento sem hierarquia de liderança e que a função de demarcar ou destinar terras cabe exclusivamente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).