
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-RJ) confirmou nesta quinta-feira o primeiro caso de infecção por febre de Oroporchi no estado do Rio de Janeiro. A vítima é um morador de 42 anos do bairro Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro, com histórico de viagens à Amazônia.
O diagnóstico foi feito pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Ele está sendo acompanhado pela Vigilância Sanitária da Prefeitura do Rio de Janeiro. O homem não foi hospitalizado durante a doença e seu estado evolui bem.
Qual a diferença da Febre Oropouche para a Dengue?
Devido as semelhanças de seus sintomas com os da dengue, a vigilância epidemiológica (ações que promovem a detecção e prevenção de doenças) exerce um papel crucial no controle dos casos. O diagnóstico aumenta a suspeita clínica para outras doenças e permite uma análise laboratorial que pode revelar outras arboviroses, como a febre ou a dengue.
Sintomas da Febre Oropouche
Os sintomas, muito similares à dengue e à chikungunya, duram entre dois e sete dias e incluem:
- Febre de início súbito;
- Dor de cabeça intensa;
- Dor nas costas e na lombar;
- Dor articular;
- Tosse;
- Tontura;
- Dor atrás dos olhos;
- Erupções cutâneas;
- Calafrios;
- Fotofobia;
- Náuseas;
- Vômitos.
Tratamento da Febre Oropouche
O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem, recebam tratamento para os sintomas e sejam acompanhados por médicos. Mesmo sem tratamento específico, para prevenir a doença são aconselháveis as mesmas medidas de prevenção à dengue:
- Evitar áreas com muitos mosquitos, se possível.
- Usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
- Manter a casa limpa, eliminando possíveis locais de reprodução de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
O que é a Febre Oropouche?
A febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão acontece por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim e pelo Culex quinquefasciatus, conhecido como pernilongo.